De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, o Maranhão já registrou, neste ano, 1.776 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com 100 mortes confirmadas. O avanço das síndromes gripais tem lotado hospitais e gerado preocupação entre famílias e autoridades de saúde, especialmente diante da agressividade com que alguns vírus têm afetado idosos e crianças.
Contexto
Formas mais graves de síndromes gripais caracterizam a SRAG, pois comprometem a respiração e, em muitos casos, podem exigir internação. Além disso, os principais sintomas incluem febre, dores no corpo, tosse persistente e dificuldade para respirar. Nesse contexto, vírus respiratórios, bactérias, fungos e outros agentes podem causar a condição, sendo que, em pacientes vulneráveis, como os idosos, ela pode levar à morte.
Entre os casos registrados no estado, destacam-se, sobretudo, os provocados pelos vírus da Influenza e da Covid-19. Para se ter uma ideia, somente a Influenza já contabiliza 227 casos. Vale lembrar que existem quatro tipos de vírus influenza: A, B, C e D, sendo que os tipos A e B são os principais responsáveis por epidemias sazonais. O tipo A, por sua vez, também é causador de grandes pandemias.
Diante desse aumento, síndromes gripais crescem, lotam hospitais e casos graves acendem um alerta no Maranhão. Casos de gripe aumentam no estado e, por isso, autoridades alertam para cuidados preventivos.
Em resposta a esse cenário, a Secretaria Estadual de Saúde reforça a importância do atendimento precoce. A assessora especial da pasta, Mayrlan Avelar, recomenda que pessoas dos grupos de risco, como idosos, gestantes e crianças, procurem atendimento médico assim que apresentarem sintomas gripais ou desconforto respiratório.
Para enfrentar a crescente demanda por cuidados médicos, foi instalado um hospital de campanha no estacionamento do Multicenter Sebrae, no bairro Cohafuma, em São Luís. O local funciona como ponto de triagem para casos leves, com atendimento das 7h à meia-noite. Após a avaliação, os pacientes podem receber medicação e acompanhamento médico. No entanto, aqueles com sintomas mais graves, como dificuldade para respirar, têm à disposição suporte com aspirador portátil e balão de oxigênio.
Baixa cobertura vacinal
Um dos fatores que contribuem para o avanço da SRAG no estado é a baixa cobertura vacinal. Até o momento, apenas 20,89% das crianças, gestantes e idosos foram imunizados contra a gripe.
A vacina está disponível nas Policlínicas da Cidade Operária e do Vinhais, além das salas de vacinação dos hospitais estaduais Dr. Genésio Rêgo, Vila Luizão e Aquiles Lisboa. Também é possível se vacinar em postos e Unidades Básicas de Saúde municipais.
Para ampliar o acesso, a Secretaria de Saúde estendeu a vacinação contra a Influenza aos cinco terminais de integração de São Luís, que funcionam das 7h às 19h. A equipe ajustará a duração das ações nesses locais conforme a demanda
Nos shoppings São Luís e da Ilha, a vacinação ocorre de segunda a sábado, das 10h às 22h, e aos domingos, das 14h às 20h.
Medidas de prevenção
As autoridades de saúde reforçam a importância da adoção de medidas preventivas para conter a disseminação dos vírus respiratórios. São elas:
- Lavar as mãos com água e sabão ou usar álcool em gel, especialmente antes das refeições;
- Usar lenço descartável ao assoar o nariz;
- Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar;
- Evitar tocar olhos, nariz e boca;
- Não compartilhar objetos pessoais, como talheres, copos ou garrafas;
- Manter os ambientes bem ventilados;
- Evitar contato próximo com pessoas gripadas;
- Evitar aglomerações e locais fechados;
- Manter hábitos saudáveis, com alimentação balanceada e boa hidratação.