O ministro Benedito Gonçalves, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), como relator da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije), votou a favor da condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro, para torná-lo inelegível por oito anos.
O voto do relator tem 382 páginas que trazem o embasamento para considerar que, ao se reunir com embaixadores, Bolsonaro cometeu abuso de autoridade e uso indevido dos meios de comunicação.
Assim, Gonçalves concorda com o posicionamento Ministério Público Eleitoral (MPE) que, na semana passada, defendeu a condenação do ex-presidente, mas livrando o então candidato a vice, Walter Braga Neto, que também foi denunciado pelo PDT.
O julgamento não foi apenas sobre a reunião com os embaixadores, mas envolveu também outras falas de Bolsonaro, como sua desconfiança das urnas, do processo eleitoral, discursos sobre ele ser o chefe das Forças Armadas e até mesmo a informação, de 2021, sobre a divulgação de dados sigilosos sobre um ataque de hacker ao sistema do TSE.
“As lives de 2021 foram exitosas em sua proposta pragmática de cultivar o sentimento de que uma ameaça grave rondava as Eleições de 2022 e que essa ameaça partia do TSE”, observou o ministro.