Monique Medeiros volta a ser presa após decisão de Gilmar Mendes

Ré pela morte do filho Henry Borel, Monique Medeiros voltou a ser presa, na manhã desta quinta-feira (6). A detenção ocorre horas após uma decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que nesta quarta-feira (5) atendeu a um recurso do pai de Henry, Leniel Borel. Monique foi presa em Bangu, na Zona Oeste do Rio, na casa da mãe.

Monique será levada ao Instituto Penal Santo Expedito, em Gericinó, também na Zona Oeste da capital fluminense, onde ficou custodiada antes da soltura determinada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em agosto do ano passado. Leniel, que é assistente de acusação no processo pela morte do filho, disse que Gilmar Mendes acertou ao ordenar a volta de Monique para a prisão.

“É uma vitória para o povo brasileiro. É uma vitória para o processo. É uma vitória para a Justiça. Quero agradecer intensamente ao STF, ao ministro Gilmar Mendes, que vem fazendo justiça no caso do meu filho assertivamente em todas as fases do processo. Monique nunca era para ter sido solta e estar em liberdade”, declarou.

Leniel havia recorrido ao Supremo contra a decisão do STJ que havia determinado a liberdade de Monique. No STF, a Procuradoria Geral da República também se manifestou pela volta de Monique à prisão sob o argumento de que havia “elementos de comportamento da ré” que poderiam perturbar a instrução do processo.

Em sua decisão, o ministro Gilmar Mendes afirmou que o entendimento do STJ “não apenas se divorcia da realidade dos autos, como também afronta jurisprudência pacífica” do STF, o que justificaria a nova ordem de prisão. O magistrado apontou que a prisão teria sido fundamentada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro em “elementos concretos”.

“O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro teve o cuidado de apontar, nos autos, elementos concretos que apontam para a gravidade, em tese, das circunstâncias e da forma de cometimento do delito”, ressaltou.

 

 

 

 

 

 

Wemilly Moraes