O deputado estadual Renato Freitas (PT-PR) apresentou como suas testemunhas ninguém menos do que dois ministros de Lula (PT). Há um processo de cassação contra seu mandato ocorrendo na Assembleia Legislativa do Paraná. Renato enfrenta ações disciplinares pela terceira vez.
Os ministros de Estado arrolados como suas testemunhas são Silvio Almeida, de Direitos Humanos, e Anielle Franco, da Igualdade Racial. Nesta segunda-feira (10) o Conselho de Ética se debruçará sobre a defesa do deputado, apresentada em junho.
O processo administrativo trata de quebra de decoro de Renato Freitas e, também, de seu antagonista nas sessões do Legislativo paranaense, o deputado Ricardo Arruda (PL-PR), por transgredir o razoável em seus enfrentamentos na Casa.
Desrespeitosamente, em seus pronunciamentos, Freitas se refere ao governador do estado, Ratinho Júnior, como “rato”, o que também contribui para sua condenação por quebra de decoro.
BENEFICIADO PELO JUDICIÁRIO
O petista já foi cassado duas vezes quando foi vereador de Curitiba, mas o Judiciário o salvou ambas as vezes.
Quando participou da invasão à Igreja Nossa Senhora do Rosário, durante manifestação contra o racismo, Freitas teve seu mandato cassado por 25 votos contra 5, em junho do ano passado na Câmara Municipal de Curitiba. Mas o Tribunal de Justiça do Paraná acabou suspendendo a sessão que o cassou por entender que nela não se respeitou prazos legais.