Um pai e a filha foram presos em flagrante no domingo (16), por homicídio doloso, após agredirem uma médica e atrapalharem o atendimento de uma paciente que estava em estado grave no Hospital Municipal Francisco da Silva Telles, em Irajá, na Zona Norte do Rio de Janeiro. A paciente em questão, que estava na sala vermelha da unidade, acabou morrendo.
De acordo com o delegado Geovan Salomão Omena, responsável pelo caso, André Luiz do Nascimento Soares chegou ao hospital com um corte no dedo, sem gravidade, e foi orientado a aguardar atendimento. No entanto, após ficar insatisfeito com a demora, ele teria começado a depredar o hospital com a ajuda da filha, Samara Kiffini do Nascimento Soares, de 23 anos.
Diante da confusão, a médica que atendia no local foi até o atendimento para saber o que estava acontecendo. Ao encontrar André e Samara, a profissional foi ofendida, agredida e chegou a receber um soco no rosto e um chute enquanto estava no chão. Por conta das agressões, a vítima sofreu um corte na boca e precisou levar pontos.
Por conta da briga, alguns pacientes se assustaram e um deles, com infarto agudo do miocárdio, teve de deixar a sala de atendimento e se esconder no banheiro. Uma outra paciente, que estava em estado grave e que acabou ficando sem acompanhamento por conta da confusão, acabou morrendo.
“É inadmissível uma conduta dessa onde, por uma situação banal, onde não houve ausência de atendimento, ele causou um dano patrimonial naquilo que é o pronto socorro das pessoas, onde salvam vidas. Eles tiraram a vida de uma pessoa por conta desse ato irresponsável”, disse o delegado Geovan Omena.
O advogado Cláudio Rodrigues, que representa André e Samara, alegou que houve uma confusão generalizada no hospital, mas que não se sabe a origem. O profissional disse ainda que é “forçoso” acusar pai e filha pela morte de uma paciente que já estava debilitada no hospital.