O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump se entregou nesta quinta-feira (24) a autoridades do estado da Geórgia, em uma prisão no condado de Fulton, foi fichado – com direito a “mug shot”, como é conhecida a foto do procedimento – e deixou o local em cerca de 20 minutos, após pagar uma fiança de 200 mil dólares (cerca de R$ 1 milhão).
As autoridades penitenciárias também coletaram as impressões digitais de Trump, que é acusado de 13 crimes por supostamente tentar reverter de forma ilegal na Geórgia o resultado da eleição presidencial de 2020. O ex-presidente deixou a prisão em um comboio de veículos blindados escoltados pelo Serviço Secreto, que é responsável por sua segurança.
Trump havia viajado à tarde do estado de Nova Jérsei para Atlanta, capital da Geórgia, para cumprir a ordem da Justiça para se entregar voluntariamente – o limite do prazo era esta sexta (25). Essa é a quarta acusação criminal contra Trump, mas foi a primeira que o levou a se apresentar em uma prisão para ser fichado. Nas três anteriores, ele foi a tribunais.
A promotora de Fulton, Fani Willis, acusa o político republicano de 13 crimes por supostamente liderar um complô com 18 aliados para reverter os resultados da eleição na Geórgia, onde perdeu por pequena margem para o democrata Joe Biden. O principal crime do qual ele é acusado no estado é violar a lei de extorsão, tradicionalmente usada contra a máfia.
Trump também é acusado de supostamente conspirar para que indivíduos se apresentassem falsamente como delegados eleitorais para certificar sua vitória na Geórgia. Se condenado por todas as acusações, o ex-presidente poderá pegar até 76 anos e meio de prisão.
Uma das principais evidências contra Trump seria a gravação de uma ligação em janeiro de 2021, na qual ele pediu ao secretário de Estado da Geórgia, Brad Raffensperger, que “encontrasse” 11.780 votos para ele, um a mais do que Biden havia obtido. Trump considera todos os casos contra ele uma “caça às bruxas”.