As sabatinas de Flávio Dino, nome indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o Supremo Tribunal Federal (STF), e de Paulo Gonet, escolhido pelo petista para a Procuradoria-Geral da República (PGR), começam às 9h desta quarta-feira (13) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. A sessão, no entanto, deve ser longa especialmente em razão da forte oposição ao nome do atual ministro da Justiça.
O ambiente que Dino vai enfrentar no Senado pode ser ilustrado com os números de um levantamento feito pelo Estadão, que indica um cenário divido em relação ao escolhido de Lula para a vaga da ministra Rosa Weber na Suprema Corte. Segundo o veículo, dos 81 senadores, 25 disseram que vão votar a favor de Dino, enquanto 23 vão se opor à indicação. Outros 25 não anteciparam voto.
Nesta terça (12), véspera da sabatina, Dino foi questionado sobre quantos votos estima ter no Plenário do Senado, mas desconversou e disse que não está fazendo essa contabilidade.
“Não tenho feito contabilidade [de votos no Senado], porque creio que é uma prerrogativa de cada senador definir seu voto. Mas tenho projeção muito tranquila e promissora – afirmou.
O ministro da Justiça disse que não teve a oportunidade de falar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o futuro, caso seja aprovado para o STF. Nem sobre se ficará no cargo até a sua posse na Suprema Corte, nem sobre seu eventual substituto – um tema que tem gerado discussões dentro da base de partidos aliados e do PT.
– Eu realmente só vou conversar com ele após a votação, até porque vai ser melhor, não haverá o “se”. Ele vai ter que decidir. Se ele vai fazer a substituição imediatamente, esperar um pouco. Não há decisão sobre isso – completou.
*Com informações AE