Quatro ministros japoneses renunciaram nesta quinta-feira, 14, devido a um escândalo de subornos no partido do governo, o que abalou o governo do impopular primeiro-ministro Fumio Kishida. Os ministros da Economia e Indústria (Yasutoshi Nishimura), do Interior (Junji Suzuki) e da Agricultura (Ichiro Miyashita) deixaram seus cargos durante a manhã. Algumas horas depois, o secretário chefe do gabinete, Hirokazu Matsuno, anunciou sua saída do governo e confirmou as renúncias dos três colegas. Matsuno, porta-voz do governo, também anunciou as saídas de Michiko Ueno, assessor especial do primeiro-ministro, e de cinco vice-ministros.
“As dúvidas da opinião pública sobre os fundos políticos estão à minha volta, o que está provocando uma desconfiança no governo. Como uma investigação está em andamento, pensei que gostaria de colocar as coisas em seus devidos lugares”, disse Nishimura à imprensa.
O escândalo eclodiu devido a denúncias de que US$ 3,4 milhões (R$ 17 milhões) em subornos foram pagos a membros do Partido Liberal Democrático, que governa o Japão de forma quase ininterrupta desde meados do século XX. O primeiro-ministro Kishida afirmou na quarta-feira que enfrentaria as denúncias “de frente”. “Farei esforços como uma bola de fogo e vou liderar o PLD para restaurar a confiança da opinião pública”, disse.