Após revelações de ex-membros, Igreja Bola de Neve se pronuncia

Na quinta-feira (23), a Igreja Bola de Neve emitiu uma nota sobre os relatos de ex-membros da denominação que estão tomando as redes sociais. Várias pessoas testemunham que sofreram abuso religioso de pastores e líderes da igreja.

No comunicado, a igreja diz que está ciente dos relatos e que nesses 25 anos de atuação “os trabalhos sempre foram feitos em uma conduta transparente e honesta para que o resultado final fosse a transformação da sociedade”.

LEIA NA ÍNTEGRA:
A Igreja Bola de Neve lamenta profundamente o descontentamento e a repercussão de notícias e materiais nas mídias sociais que expõem o desagrado de pessoas que já frequentaram a instituição.

Ao longo dos 25 anos de atuação do ministério e com mais de 500 igrejas espalhadas no Brasil e mundo, os trabalhos sempre foram feitos em uma conduta transparente e honesta para que o resultado final fosse a transformação da sociedade.

O coração e as obras de todos continuam iguais: servir a Deus e a comunidade da melhor forma possível.

Como ministério, a Igreja Bola de Neve está se esforçando para ser aperfeiçoada em gestão, base doutrinária, capacitação de obreiros e, principalmente, no temor à Deus.

Quem perde neste cenário tão triste são milhares de pessoas que já foram ou teriam a chance de serem transformadas pelo poder de Deus.

SOBRE AS DENÚNCIAS
Uma das primeiras pessoas a revelar o que sofreu foi Alexandra Abrantes, mulher de Rodolfo Abrantes. O casal deixou a denominação há 13 anos, mas nunca comentaram o assunto até que várias denúncias contra a igreja ganharam destaque em perfis religiosos.

Alexandra revelou que sofreu “abusos e manipulações” e que isso gerou “feridas”, a ponto dela dizer que se arrepende de ter frequentado a igreja.

Rodolfo, sempre muito reservado, confirmou que sofreu muitos abusos enquanto foi membro da igreja fundada pelo apóstolo Rinaldo Seixas, mais conhecido como Rina.

“Só posso falar do vivemos e sofremos através de um sistema, infelizmente, abusivo e opressor. Minha tentativa de ser discreto pra não fazer mais barulho não foi recíproca. Fomos cancelados por pastores que tínhamos como amigos, minhas músicas proibidas de tocar em cultos, minha esposa foi chamada de Jezabel pra baixo, fui acusado de uma dívida com o selo musical da igreja (o que através de uma prestação de contas foi comprovado que eu não devia nada), tudo isso, talvez com o intuito de se preservar e manter esse sistema funcionando”, declarou o cantor.

 

 

 

 

 

Wemilly Moraes