O presidente da França, Emmanuel Macron, dissolveu o Parlamento do país no domingo (09) e convocou novas eleições. A decisão foi tomada após a derrota na eleição para o Parlamento Europeu. As eleições legislativas francesas foram antecipadas para os dias 30 de junho e 07 de julho.
A decisão de Macron veio após a vitória do partido de Marine Le Pen, uma política populista de extrema-direita, nas eleições para o Parlamento Europeu. O presidente francês declarou que não pode ignorar o resultado e que ele não é positivo para o atual governo da França, dado o crescimento dos nacionalistas.
“Decidi devolver a vocês a escolha do nosso futuro parlamentar por meio da votação. Estou, portanto, dissolvendo a Assembleia Nacional”, anunciou Macron. Marine Le Pen lidera o partido Reunião Nacional (RN) e tem suavizado seu discurso político nos últimos anos, investindo em uma propaganda de “desdiabolização” ou “normalização” para expandir a base do partido.
Na prática, isso significa uma linguagem mais voltada para questões socioeconômicas, com o objetivo de fortalecer o populismo da sigla.
“Estamos prontos para assumir o poder se os franceses nos derem sua confiança nas próximas eleições nacionais”, declarou Marine Le Pen durante um comício neste domingo.
Macron e Le Pen se enfrentaram nas eleições de 2022. Naquela ocasião, ela buscou apoio dos eleitores em zonas de desindustrialização, focando em temas como salários, pensões e custo de vida. É esperado que os dois voltem a se enfrentar no próximo pleito.
As eleições para o Parlamento Europeu acontecem neste domingo, quando eleitores de 21 dos 27 países da União Europeia escolherão os 720 representantes do Legislativo. Participam da votação países como Alemanha, França, Espanha e Suécia.