Procurador-geral da Venezuela vai arquivar investigação contra González após ida de opositor à Espanha

O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, afirmou que vai arquivar a investigação atualmente em curso contra o candidato da oposição do país, Edmundo González, após o oposicionista ter ido à Espanha.

Em agosto, Saab havia pedido a prisão de González à Justiça, que acatou o pedido. No entanto, o oposicionista estava foragido e conseguiu fugir para a Espanha no fim de semana.

No domingo (08), o procurador informou que a investigação aberta contra González será arquivada após o opositor ter saído da Venezuela. Para Saab, a ida do oposicionista à Espanha significa uma “mudança” ao processo judicial. Saab disse também que o Ministério Público venezuelano respaldou a decisão do Poder Executivo de fornecer um salvo-conduto ao ex-candidato Edmundo González para que ele pudesse buscar asilo na Espanha.

González estava sob ordem de prisão após se negar comparecer à Justiça da Venezuela. Ele foi acusado de seis crimes, entre eles o de conspiração. O caso estava sendo acompanhado pelo Tribunal Antiterrorismo. O opositor sempre negou as acusações.

Asilo na Espanha

Após chegar ao país europeu na condição de asilado político, Edmundo González enviou uma mensagem aos venezuelanos. Por áudio, disse que sua “saída de Caracas foi cercada por episódios, pressões, constrangimentos e ameaças para não permitir minha saída”.

O ex-diplomata de 75 anos ganhou notoriedade após concorrer contra Nicolás Maduro na eleição de 28 de julho. González afirma que é o verdadeiro vencedor do pleito. O resultado que não pôde ser comprovado após o Conselho Nacional Eleitoral não publicar as atas da votação.

Um avião da Força Armada espanhola saiu na madrugada de sábado (7) de Caracas. Fez um pouso na República Dominicana e depois seguiu para o arquipélago português dos Açores. Edmundo González e sua esposa, Mercedes, chegaram a Madrid na manhã de domingo.

Horas depois, a líder opositora Maria Corina Machado afirmou pelas redes socias que “o presidente eleito da Venezuela” saiu do país. Segundo Machado, a vida de González “corria perigo” e que ele vinha enfrentando “crescentes amenaças, intimações, ordem de prisão e inclusive tentativas de chantagem e de coação”.

“Diante desta brutal realidade, é necessário para nossa causa preservar sua liberdade, sua integridade e sua vida”, disse a opositora.

 

 

 

 

 

 

 

Com informações de G1.com