O governo dos Estados Unidos, liderado pelo ex-presidente Donald Trump, atualmente analisa possíveis sanções a Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Essa proposta ganhou força após Jason Miller, ex-conselheiro de Trump, acusar o ministro de ser “a maior ameaça à democracia no hemisfério ocidental”.
Críticas anteriores já apontavam tensões
Além disso, o senador Marco Rubio, atual chefe do Departamento de Estado dos EUA, já havia criticado Moraes anteriormente. Ele condenou, por exemplo, o bloqueio da rede social X, afirmando que a decisão do ministro visava “minar as liberdades fundamentais no Brasil”.
Quatro órgãos americanos analisam o caso
A aplicação de sanções a Alexandre de Moraes depende da avaliação de quatro órgãos estratégicos do governo dos EUA:
1. Departamento de Estado
Comandado por Marco Rubio, o órgão é responsável por avaliar o impacto diplomático de possíveis medidas contra autoridades estrangeiras. Nesse contexto, o histórico de críticas de Rubio pode influenciar o parecer oficial.
2. Conselho de Segurança Nacional
Chefiado pelo coronel Mike Waltz, o conselho analisa riscos geopolíticos. Consequentemente, Waltz tem criticado fortemente a influência da China e países aliados ao regime de Xi Jinping, como o Brasil.
3. Departamento do Tesouro
Por outro lado, como a proposta envolve bloqueios financeiros, o caso requer parecer técnico do Tesouro americano sobre a viabilidade e legalidade das sanções. Assim, o órgão desempenha papel fundamental na decisão.
4. Conselho da Casa Branca
Esse órgão oferece aconselhamento jurídico direto ao presidente Trump, que terá a palavra final sobre a imposição ou não das sanções.
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Trump tomará decisão final
Depois que os quatro órgãos emitirem seus pareceres, Donald Trump decidirá se as sanções contra Moraes serão aplicadas. Se isso acontecer, a medida poderá representar uma ruptura diplomática entre os dois países, elevando a tensão nas relações bilaterais.
Enquanto isso, EUA buscaram informações com aliados brasileiros De acordo com o colunista Paulo Cappelli, do portal Metrópoles, autoridades americanas já procuraram o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o jornalista Paulo Figueiredo. Ambos responderam a questionamentos sobre a conduta de Moraes e forneceram subsídios para a avaliação em curso