Desde a última sexta-feira, o premiê britânico vinha passando por mais uma crise no seu governo e sofria fortes pressões para deixar seu posto
Depois da saída de dezenas de ministros e de uma grande crise causada por um escândalo sexual em seu governo, Boris Johnson renunciou ao cargo de primeiro-ministro do Reino Unido. A renúncia foi confirmada na manhã de hoje (7), quando Johnson fez um pronunciamento à imprensa britânica.
Ele ficará no cargo até que um novo primeiro-ministro seja definido pelo Partido Conservador, que indicará um substituto que deverá ser aprovado pela Rainha Elizabeth.
“É claramente a vontade do partido conservador que deve haver um novo líder de partido, e, portanto, um novo Primeiro-Ministro”, disse o premiê no começo de seu pronunciamento.
Durante seu discurso, Johnson afirmou que estava “triste em deixar o melhor trabalho do mundo”.
Na terça-feira (5), um ex-funcionário do Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido acusou a equipe de Johnson de mentir sobre um funcionário do Partido Conservador com histórico de acusações de abuso. Segundo esse ex-funcionário, Johnson sabia das acusações, mas decidiu manter a nomeação de Chris Pincher ao cargo. A repercussão foi rápida e mais de 40 membros de seu gabinete e ministros renunciaram aos cargos nos últimos dias.