Em contrapartida, medição elaborada pelo Observatório de Finanças da Venezuela (OVF), órgão independente, aponta índice de 62% nos primeiros sete meses de 2022
A Venezuela acumulou uma inflação de 48,4% nos primeiros sete meses deste ano, com altas de 11,4% apenas em junho e 7,5% em julho, segundo dados divulgados nesta segunda-feira, 15, pelo Banco Central do país (BCV). A instituição não atualizava informações sobre o comportamento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) desde 17 de junho, quando anunciou que a variação em maio foi de 6,5% para cima. Agora, dados oficiais mostram que os preços de produtos e serviços quase dobraram em junho, embora o aumento tenha desacelerado no mês passado para 7,5%.
As médias dos últimos dois meses são as mais altas até agora neste ano, sendo junho o único período com inflação de dois dígitos em 2022. Os segmentos da economia que mais registraram aumentos no mês passado foram os de serviços de educação (12%), lazer e cultura (10,8%) e serviços de habitação (9,5%). Por outro lado, a medição elaborada pelo Observatório de Finanças da Venezuela (OVF), um órgão independente, apontou uma inflação acumulada de 62% nos primeiros sete meses do ano.
A incessante crise na Venezuela já fez com que milhares de pessoas deixassem o país e fossem em busca de um novo destino para terem melhores condições de vida. Segundo a Agência da ONU para refugiados (Acnur), existem mais de 5,4 milhões de refugiados e migrantes venezuelanos ao redor do mundo.