Família enterra corpo de outra pessoa por engano, corpo foi trocado no IML de São Luís

A mãe da vítima luta para enterrar corpo da filha que foi trocado no IML

No dia (6) de setembro, Luise Fernandes Casé, de 23 anos, natural do Distrito Federal, foi encontrada morta em uma praça, no bairro Cidade Operária, onde a vítima morava. Luise, era uma mulher transgênero e morava na capital há um ano, era bolsista no curso de Psicologia em uma faculdade particular.

A mãe dona Sônia, descobriu sobre a morte da filha pelas redes sociais e procurou o Instituto Florescer, entidade de apoio ao público LGTQIA+, lugar onde a filha já havia frequentado com transtornos psicológicos. Como era feriado, a mãe da vítima só conseguiu dar entrada na documentação para o Instituto no dia 8 de setembro, para que a presidente do orgão pudesse fazer o reconhecimento para liberação do corpo.

Dona Sônia queria que o corpo fosse enterrado na cidade natal, mas logo após a presidente do Instituto fazer o reconhecimento, alegou que não seria possível o transporte do corpo para Brasília, pois o corpo estava petrificado e podre. A mãe precisou de ajuda de muitas pessoas para consegui vir para São Luís, pois estava sem condições no momento, ela conseguiu chegar na capital maranhense no dia 10 de setembro, mas não foi autorizada a olhar o corpo da filha por conta do mal cheiro.

Após 5 dias do suposto enterro, dona Sônia já de volta a Brasília,  recebeu a ligação do Instituto Médico Legal, avisando que o corpo teria sido trocado e que o corpo que ele teria enterrado, era de outra pessoa.

O corpo enterrado era de Devandro Lima Souza, como mostra no documento que foi encaminhado  ao cemitério, solicitando a exumação do corpo para entregar a familía, que mora em Santa Inês (MA). Devandro foi vítima de um acidente de carro, alguns dias antes da morte de Luise e só foi descoberta a troca porque a família dele procurou o IML.

Devandro, teve seu corpo exumado dia 16 de setembro, mas o de Luise continua na câmara fria do IML.

É necessário uma retificação na Certidão de Óbito da Luise, constando o novo local de sepultamento. Para que a mãe consiga levar o corpo para Brasilía vai ser preciso entrar na justiça.

A Secretária de Estado de Segurança Pública (SSP-MA), publicou uma nota informando o equívoco na entrega do cadáver em função do reconhecimento do corpo, pelo procurador instituído pela família da vítima, e que o IML, após verificar o equívoco, fez a correção no ato.

A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil no Maranhão (OAB-MA), já está no caso. Para o presidente, uma série de fatores  contribuiu para o erro de identificação.

A mãe continua na luta para que a sua filha consiga ser enterrada na cidade onde nasceu e que tenha o enterro digno para descansar em paz.

 

 

 

 

 

 

 

Amanda Rocha sob supervisão