O bispo Dom José Luiz Azcona, já havia denunciado a exploração em 2015
A ex-ministra Damares Alves, no último dia (8), durante a realização de um culto na Assembleia de Deus Ministério Fama, em Goiânia (GO), revelou crimes e abusos realizados contra crianças que ocorreram enquanto ela estava em sua gestão. A revelação trouxe várias críticas e discussões sobre a exploração sexual de crianças e adolescentes.
Na terça-feira (11), o colunista Walter Casagrande, em texto publicado disse que Damares “precisa ser impedida e punida”. No texto, ele destacou que o relato da ex-ministra “claramente, são mentiras cruéis, usadas para manipular a cabeça das pessoas”.
A Rainhas do Baixinhos Xuxa Meneghel, utilizou suas redes sociais para anunciar apoio a uma campanha de cassação da senadora eleita e compartilhou um abaixo-assinado contra Damares Alves.
Na última terça, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MDH), emitiu uma nota sobre a declaração feita pela ex-ministra Damares Alves. Em nota (MDH), declarou que as informações de Damares foram baseadas em numerosos inquéritos instaurados para apurar uma série de “fatos gravíssimos” praticados contra crianças e adolescentes.
Durante as revelações da ex-ministra, ela relata que crianças de 3 e 4 anos de idade da Ilha de Marajó, no Pará, tinham seus dentes arrancados para a prática de sexo oral nos abusadores e também afirmou o tráfico dessas crianças para outros países.
Em entrevista ao Jornal Nacional, em 2015, a exploração sexual na Ilha do Marajó (PA), foi denunciada pelo Bispo Dom José Luiz Azcona.
“Uma mãe levava uma menina de 10 anos para uma dessas balsas, meninas que se chamam ‘balseiras’ no jargão normal. R$ 2,40 e um pequeno balde com vísceras de porco ou de boi, isso é que vale uma menina em algumas regiões do Marajó.” disse bispo Dom José.
Amanda Rocha sob supervisão