Nas redes sociais, eleitores brasileiros que moram em diferentes partes do mundo relataram longas filas para votar neste domingo (30), nas 97 embaixadas, consulados e repartições diplomáticas onde é possível votar para presidente mesmo fora do Brasil. São quase 700 mil brasileiros que estão aptos para votar no exterior, de acordo com informações do Ministério das Relações Exteriores.
Nas redes sociais, residentes em Portugal registraram grandes aglomerações para votar, neste que é o segundo maior colégio eleitoral fora do Brasil, atrás apenas dos Estados Unidos. Em Lisboa, onde houve brigas e tumulto no 1º turno, a cidade mobilizou um reforço na organização da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, local único de votação.
Mesmo assim, eleitores relataram uma espera de até 2 horas para votar, principalmente no período da manhã. Só na capital portuguesa, existem mais de 45 mil brasileiros aptos a votar. Também foram relatadas filas e espera de cerca de 4 horas na França, onde a votação começou durante a madrugada do fuso horário brasileiro, por volta das 4h. Neste caso, a grande aglomeração se dá porque existe apenas uma zona eleitoral para todo o país, localizada em Paris.
No primeiro turno, quando o horário de votação se encerrou na capital francesa, cerca de 2 mil senhas tiveram que ser distribuídas pelo consulado brasileiro no país para permitir que as pessoas que ainda estavam na fila votassem de fato, o que fez com que a votação seguisse até as 19h do horário francês. Aglomerações de brasileiros também foram registradas em Zurique, Milão, Dublin, Roma e Berlim. Em comparação ao primeiro turno, eleitores têm relatado que o tempo de espera foi menor, mas, como alguns dos locais são zonas eleitorais únicas para todo o país, tempos de espera de pelo menos 1 hora são comuns.
A eleição no exterior segue o horário local de cada país e já foi encerrada em parte dos territórios, com o resultado local sendo divulgado por meio dos boletins de urna nas redes sociais. Lula (PT) foi vitorioso na Nova Zelândia, Austrália, Coreia do Sul e China, enquanto Jair Bolsonaro (PL) foi o mais votado no Japão e Israel.