O cantor Leonardo Gonçalves deu sua visão sobre canções cristãs que, segundo ele, com o passar dos anos perderam os sentidos originais e falou que o corinho O Nosso General é Cristo pode não ser bem recebido por pessoas que foram torturadas durante as ditaduras militares que aconteceram na América Latina.
“Depois de incontáveis ditaduras militares na América Latina com uma penca de militares e até generais comprovadamente torturadores, em especial pra alguém, por exemplo, que foi torturado por um general, como você acha que soa cantar “o nosso general é Cristo”?”, questionou.
O cantor também afirmou que essas canções são responsáveis por uma suposta visão “bélica” que muitos evangélicos têm.
“A visão bélica que grande parte dos evangélicos de hoje têm do Evangelho e do evangelicalismo e do próprio Deus passa também pelas músicas. Muitas delas marchas. Muitas usando linguagem de guerra e expressões como “general” e etc”, continuou.
Gonçalves falou também de várias canções no hinário da Igreja Adventista do Sétimo Dia que usam as palavras “gozo” e “gozar” – que significam alegria.
“Vou dar um exemplo ridículo pra ilustrar: tinha um monte de hino, pelo menos no hinário adventista, que continha a palavra “gozar” ou “gozo”. Você vai me dizer que o significado dessa palavra não mudou? Tanto mudou que foram substituindo essa palavra porque estava ridículo!”, declarou Gonçalves.
As declarações de Leonardo Gonçalves aconteceram após o cantor Kleber Lucas afirmar em entrevista que o hino Alvo Mais que a Neve, tem um “discurso de dominação” com “ideia de embranquecimento”.