A primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, mais conhecida como Janja, tentou impedir o acesso de jornalistas no tradicional coquetel no Palácio do Itamaraty, na noite de domingo (1º). O evento celebrou a posse do presidente Lula (PT). Posteriormente, foi entendido que profissionais de imprensa deveriam entrar, até para não se criar uma relação de hostilidade com a mídia já no início do governo.
Janja pensou que a presença da imprensa poderia comprometer a privacidade dos convidados e causar constrangimento, atrapalhando o bom andamento do evento. Essa recepção não costuma ter finalidade particular, mas política. Aproximadamente 3 mil pessoas foram convidadas.
De acordo com o Poder360, uma média de 30 jornalistas foram convidados pela campanha de Lula, mas Janja teve de aprovar cada nome, antes da liberação. Isso causou mal-estar entre petistas e aliados e essa discordância derrubou a decisão de barrar os profissionais de mídia, que logo foram liberados.
Há mais a mão de Janja nas decisões de Lula do que se possa imaginar. Foi dela, inclusive, a ideia do Festival do Futuro, série de shows realizados na Esplanada dos Ministérios com artistas que deram apoio à campanha de Lula. Essas apresentações cumpriram a tarefa de atrair público e criar uma atmosfera de popularidade ao presidente empossado.
A primeira-dama também decidiu pela passagem da faixa presidencial por pessoas que seriam representantes da sociedade brasileira, iniciativa que produz uma aura de representatividade e “batiza” a nova gestão sob a égide da pluralidade.