Após reunião realizada no sábado (14), deputados do partido Cidadania optaram por manter uma posição de independência e não participar da base aliada do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão vai contra a posição oficial do diretório nacional, que decidiu que prestaria apoio “incondicional” ao presidente.
“Não vejo neste momento condições de nós não lutarmos pela democracia, mas não significa que é lutar pelo Lula. O Lula não significa sozinho a democracia no Brasil”, declarou o deputado Alex Manente, líder do Cidadania na Câmara dos Deputados.
Com cinco representantes para a próxima gestão, a bancada da Casa publicou uma nota afirmando que os deputados eleitos irão se pautar pelos princípios do partido e apoiar propostas aliadas com o programa partidário. O grupo ainda reforçou o compromisso de atuar em favor da democracia e do respeito ao Estado Democrático de Direito.
“Não nos furtaremos em criticar e combater possíveis erros da nova gestão federal”, ressaltam.
De acordo com o estatuto do Cidadania, os deputados têm o direito de declarar independência em relação ao governo apesar da escolha da Executiva Nacional. Já no Senado, o partido conta com apenas uma representante, a senadora Eliziane Gama, que atuou na equipe de transição e será aliada de Lula.