O ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça Anderson Torres comparou sua prisão a um “tiro de canhão” no peito. A declaração foi dada por ele durante a audiência de custódia pela qual passou no dia 14 de janeiro após ser detido no Aeroporto de Brasília ao retornar dos Estados Unidos, onde estava com a família.
“A audiência de custódia não é o local de falar nada sobre isso, mas quero dizer que não tenho nada a ver com os fatos. Isso [a prisão] foi um tiro de canhão no meu peito”, disse Torres.
Em outro momento da audiência, Torres desabafou e disse que os crimes que são imputados a ele são “coisas inimagináveis” e que o momento “é muito difícil”.
“Estou num momento em que eu, realmente, vendo ali os tipos penais que estão sendo imputados a mim, são coisas inimagináveis para uma pessoa como eu, então é muito difícil (…). Desculpe o desabafo, mas sendo acusado de terrorismo, golpe de Estado?! Pelo amor de Deus, o que está acontecendo?”, indagou.
O ex-ministro também disse que nunca questionou o resultado das eleições e ressaltou que a pasta que era dirigida por ele foi, inclusive, a primeira a entregar os relatórios de transição.