O pastor Silas Malafaia se manifestou, nesta segunda-feira (26), após uma notícia de que a Polícia Federal (PF) pode incluir o nome dele no inquérito que investiga um suposto planejamento de golpe de Estado. Após o discurso do religioso na Avenida Paulista, no último domingo (25), policiais federais ouvidos pelo jornal O Globo disseram que ao financiar o ato e discursar para mais de 750 mil pessoas, Malafaia “disseminou mentiras à parte da população, com o objetivo de instigá-la contra a investigação de uma organização criminosa que atuou para dar um golpe”.
Para os agentes, o pastor estimulou a população contra o Poder Judiciário “por meio de falsas premissas”. Em seu discurso, Malafaia falou sobre o ministro Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Silas usou as redes sociais para questionar se a perseguição contra ele já começou.
– Acabo aqui de sair do culto da minha igreja, em São Paulo, dia 26, segunda-feira, quando eu abro o celular e tô vendo: ah, a Polícia Federal vai intimar (…). Quanto é que foi gasto na manifestação do dia 25? Gente, começou a perseguição contra mim? Mais do que nunca, o que eu falei lá é a verdade. O Estado Democrático de Direito está em perigo. (…) Que vergonha! (…) Escolheram o cara errado. (…) Eu tenho nota de tudo. (…) Eu posso pagar outras manifestações (….) Nesse país, falar a verdade agora é ato terrível, é atacar porque eles estão acostumados com a mentira (…) Eu não preciso tirar dinheiro de igreja para pagar nada. Vocês vão se ferrar – declarou.
MALAFAIA DEFENDEU O ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO
O pastor Silas Malafaia discursou na Avenida Paulista e disse que existe uma “engenharia do mal para prender Bolsonaro” e “acabar com o Estado Democrático de Direito”.
O líder evangélico listou vários atos da esquerda, principalmente organizados pelo MST e pelo Partido dos Trabalhadores, contra o STF. Inclusive, com pichações e incêndios de prédios públicos em Brasília (DF) em vários anos, como 2006, 2014, 2016 e 2017.