Nesta terça-feira (28), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu uma polêmica declaração a respeito da fome no Brasil. Durante assinatura de decretos da reinstalação do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) e da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (CAISAN), ele declarou que o governo comprará alimento para distribuir onde precisa e que organizará uma reunião dos pequenos e médios produtores para facilitar a produção de mais alimentos.
E arrematou culpando quem “está comendo demais” pelo fato de que existem pessoas passando fome no país.
“Se nós produzimos alimento demais no planeta Terra e, se neste país, a gente produz alimento demais, e tem gente com fome, significa que alguém está comendo mais do que deveria comer para que o outro pudesse comer um pouco. Significa que nós estamos desperdiçando alimento entre produção e consumo”, disse, em discurso em evento no Palácio do Planalto.
A cerimônia ocorreu após reunião entre o presidente com os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, da Casa Civil, Rui Costa, de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Brasil, Wellington Dias, da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macedo, do Planejamento, Simone Tebet, e da Justiça, Flávio Dino, estavam presentes no evento.
“A gente vai garantir que, se as pessoas produzirem, não vão perder, porque se produzirem em excesso, o governo vai comprar esse alimento para que a gente distribua onde precisa ser distribuído”, declarou. Lula também disse que irá voltar com a política de preço mínimo para garantir que os agricultores não tenham prejuízo se houver uma “super safra”. “Vamos tentar fazer uma grande discussão, não é só com a agricultura familiar não.”