O agressor afirmou que se inspirou em outros ataques
O delegado Marcus Vinicius Reis, responsável pela apuração do caso do adolescente de 13 anos que matou uma professora e feriu outras quatro pessoas na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, Zona Oeste de São Paulo, disse que o autor do ataque foi “frio” durante o depoimento e que não demonstrou nenhuma emoção.
“Posso adiantar que ele foi bem frio. Não demonstrou muita emoção e admitiu. Confessou na presença da advogada e dos pais que ele praticou os atos infracionais”, disse o delegado.
Reis também declarou que a Polícia Civil está investigando a motivação do crime e se eventualmente houve a participação de outras pessoas. O policial disse ainda que o adolescente admitiu os fatos e que deu detalhes sobre o caso.
“A motivação a gente ainda está apurando a fundo e não quero antecipar nada. A gente ainda tem um campo de investigação. O que posso adiantar é que ele passou todas as informações de maneira pormenorizada. Ele admitiu os fatos. As imagens são fortes. Foram atos infracionais análogos a homicídio consumado e homicídio tentado”, destacou.
O adolescente autor do ataque na Escola Estadual Thomazia Montoro relatou em depoimento que planejou o atentado por dois anos e que se inspirou nos massacres de Suzano, na Grande São Paulo, em 2019, e de Columbine, nos Estados Unidos, em 1999.
Após passar quase 10 horas na delegacia, o agressor foi levado no final da tarde desta segunda à Vara da Infância. A polícia informou que ele ainda passaria pelo Instituto Médico Legal (IML) para fazer exame de corpo de delito, e, na sequência, seria levado para uma unidade da Fundação Casa.