Os estados que continuam liderando o ranking de destruição são: Mato Grosso, Pará e Amazonas
No mês de janeiro, foram registrados queda no desmatamento da floresta Amazônia, mas em fevereiro o crescimento de devastação voltou. De acordo com dados do Imazon, foram derrubados 325 km² da floresta. O resultado é o pior registro desde 2006. Em janeiro e fevereiro deste ano, a floresta perdeu 523 km².
Em fevereiro, 48% do desmatamento ocorreu em Mato Grosso, os registros apresentam aumento de 64% na comparação anual, totalizando 157 km². O ranking é liderado pelos estados do Pará e do Amazonas, que perderam 63 km² e 55 km² de vegetação nativa.
Roraima e Acre, apresentaram altas superiores a 100% no desmatamento no mês de fevereiro. Em Roraima, 19 km² foram devastados, registrando um aumento de 111% comparado ao mesmo mês em 2022.
“Os números podem estar relacionados à dispersão de muitos garimpeiros que fugiram da Terra Indígena Yanomami após o início das operações federais na região. Isso gera um risco ainda maior a outras áreas protegidas e pode agravar conflitos por terra em Roraima”, relata Bianca Santos, pesquisadora do Imazon.
No Acre, 7 km² (133%) foram derrubados, apresentando a maior alta entre estados. A devastação avançou pela metade do leste, dentro da Resex Chico Mendes. Essa área protegida foi a terceira unidade de conservação mais desmatada da Amazônia, com um território devastado equivalente a 40 campos de futebol.