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O caso teria acontecido no momento em que Vera Lúcia teria sido barrada na entrada de um seminário realizado na semana passada em Brasília.

Cármen Lúcia denuncia racismo sofrido por ministra do TSE

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia afirmou na terça-feira (20), que a ministra Vera Lúcia Santana Araújo, uma das integrantes da Corte, foi alvo de racismo e discriminação. De acordo com ela, o caso teria acontecido quando barraram Vera Lúcia na entrada de um seminário realizado na semana passada em Brasília.

Trajetória e atuação de Vera Lúcia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou Vera Lúcia ao tribunal. Ela é advogada e se destaca pela atuação como ativista do movimento de mulheres negras. Por essa razão, sua presença em eventos institucionais é recorrente e relevante.

Na abertura da sessão desta noite, Cármen Lúcia relatou que a Comissão de Ética Pública (CEP) convidou Vera Lúcia, uma das ministras substitutas do TSE, para dar uma palestra na sexta-feira (16). O tema do seminário foi “Gestão Pública – Prevenção ao Enfrentamento ao Assédio e à Discriminação”.

Ao chegar para o evento, impediram a ministra de entrar, mesmo depois que ela apresentou a carteira funcional. Segundo a presidente do TSE, Vera Lúcia só conseguiu entrar e fazer a palestra depois que adotaram providências.

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Declarações de Cármen Lúcia

“Assim que chegou ao local do evento, mesmo se apresentando como palestrante e apresentado a carteira funcional da condição de substituta de ministro deste Tribunal Superior Eleitoral, a ministra Vera Lúcia não teve permissão para ingressar regularmente no local onde se daria a palestra”, relatou Cármen Lúcia.

Para a presidente do TSE, Vera Lúcia foi alvo de racismo, discriminação e tratamento indigno.

“Racismo é crime, etarismo é discriminação. É inconstitucional, imoral, injusto qualquer tipo de destratamento em razão de qualquer critério que não seja a dignidade da pessoa humana”, afirmou a presidente do TSE.

Cármen Lúcia também informou que mandou um ofício para a Comissão de Ética para comunicar oficialmente o episódio.

Local do evento e medidas da AGU

O auditório do edifício do Centro Empresarial da Confederação Nacional do Comércio (CNC) sediou o evento.

Em ofício enviado ao TSE, a AGU esclareceu que funcionários terceirizados, contratados pelo condomínio, controlam a entrada no prédio.

“Embora nem a Comissão de Ética Pública, nem a Advocacia Geral da União exerçam uma gestão administrativa do edifício, ali estão sediadas unidades da AGU. Apesar disso, a AGU adotará todas as medidas cabíveis para compelir os responsáveis pela administração do prédio”, afirmou o órgão. 

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Leilane vilaça

Escritor e colunista

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