Ontem (16), o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se enfrentaram no debate promovido pelo pool de veículos formado pelo Grupo Bandeirantes, a Folha de S.Paulo, o UOL e a TV Cultura. Na primeira vez em que ficaram frente a frente em um embate direto, sem a presença de coadjuvantes, os adversários protagonizaram uma série de trocas de farpas, discussões e acusações mútuas de corrupção.
O atual chefe do Executivo, por exemplo, iniciou sua primeira fala acusando parlamentares do Partido dos Trabalhadores (PT) de terem votado contra a ampliação do Auxílio Brasil para R$ 400 mensais – o que foi desmentido pelo petista.
“Só de auxílio emergencial gastamos o equivalente a 15 anos de Bolsa Família. Eu tinha vergonha de ver as pessoas mais humildes, especialmente no interior do Nordeste, começando a receber R$ 42. Se podia dar algo melhor, por que não deu lá atrás”, questionou o presidente, em claro aceno ao eleitorado nordestino, que majoritariamente votou em Lula no primeiro turno.
Em outros pontos, o presidente também falou sobre a visita do petista ao Complexo do Alemão, afirmando que “não tinha um policial acompanhando, apenas traficantes”, e questionou Lula sobre Petrolão, falando em “maior escândalo da história da humidade”. “Lula, você tem muito a falar sobre corrupção. A responsabilidade pela corrupção no Brasil foi sua”, disse Bolsonaro.