Em discurso de despedida do mandato no Senado, Simone Tebet (MDB-MS) afirmou que não sabe “onde a vida vai me levar”, mas que não deixará de fazer política. O tom de incerteza sobre o futuro vem em um momento no qual a emedebista é cotada para assumir um ministério no futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas enfrenta processo de fritura de alas petistas que resistem a deixá-la na pasta do Desenvolvimento Social.
“Me despeço do Senado, mas não da vida pública. Não sei onde a vida vai me levar, mas farei política enquanto viver. Lutarei e continuarei a lutar por um Brasil sem fome e sem miséria, que nos devolva a cidadania”, afirmou Tebet.
As declarações foram dadas na tribuna do Senado. Ela se despediu da Casa após deixar de concorrer à reeleição ao cargo para disputar a Presidência da República e ficar em terceiro lugar no primeiro turno.
Senadores cobraram a nomeação de Tebet para um ministério. Jorge Kajuru (Podemos-PR) disse que a emedebista assumirá a pasta do Desenvolvimento Social porque espera que o “presidente Lula não queira me ter como inimigo”. Rose de Freitas (MDB-ES) destacou a participação da correligionária na campanha do petista e ponderou que é preciso ter mulheres em cargos de gestão para um projeto de diminuição das desigualdades.
Em discurso afinado com o possível futuro chefe, Tebet defendeu a democracia e disse que é preciso combater os retrocessos deixados pelo governo de Jair Bolsonaro (PL).