Enem: Entenda cálculo da nota pela Teoria de Resposta ao Item

Após a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que neste ano será realizado nos dias 5 e 12 de novembro, surge a curiosidade dos candidatos com relação ao desempenho alcançado nos dois dias de prova. O número de questões acertadas, no entanto, não é suficiente para calcular a nota obtida no Enem. O motivo se deve ao fato de o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) utilizar a Teoria de Resposta ao Item (TRI) como metodologia de cálculo da pontuação no exame.

– A TRI é um conjunto de modelos matemáticos que busca representar a relação entre a probabilidade de o participante responder corretamente a uma questão, seu conhecimento na área em que está sendo avaliado e as características dos itens – explica o Inep.

O Enem funciona como o maior vestibular para as universidades públicas e privadas do país. Mais de 3,9 milhões de pessoas se inscreveram para esta edição.

O que é a Teoria de Resposta ao Item (TRI) do Enem?

– Conforme o Inep, a TRI considera a particularidade de cada item. Neste sentido, as notas não dependem da quantidade de itens da prova, mas de cada item que a compõe.

– Sendo assim, duas pessoas com a mesma quantidade de acertos na prova são avaliadas de forma distintas, a depender de quais itens estão certos e errados e podem, assim, ter notas diferentes.

Desta forma, a TRI busca modelar o comportamento de um item por meio de uma curva que mostra a relação entre a probabilidade de acerto e a proficiência dos participantes.

Pelo método de correção, errar perguntas fáceis e ir bem nas questões complexas leva a uma “punição” na nota. Estatisticamente, seria improvável o candidato ter acertado apenas as difíceis e, portanto, provavelmente houve chute. Conforme o nível de dificuldade de cada pergunta, o Inep elabora uma função matemática para cravar quanto de conhecimento o candidato tem em cada questão da prova.

 

 

 

 

 

 

 

 

Wemilly Moraes