Estadão diz que fala de Lula sobre Israel é “vandalismo diplomático”

Em um editorial publicado nesta terça-feira (20), o jornal O Estado de São Paulo criticou a declaração feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no último domingo (18), quando o petista comparou o conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas com o massacre de judeus promovido por Hitler na primeira metade do século XX.

Com um texto intitulado “Vandalismo Diplomático”, o veículo disse que Lula “não precisou de mais do que um punhado de frases carregadas de ranço ideológico e antissemitismo para fazer do último domingo um dia infame na história da diplomacia brasileira”.

– Ao dizer que a guerra de Israel contra os terroristas do Hamas se assemelha ao Holocausto, Lula, a um só tempo, vandalizou a História, a memória das vítimas da indústria da morte nazista e os interesses do Brasil. Nem os mais ferozes inimigos de Israel ousaram ir tão longe nas críticas à campanha militar conduzida pelos israelenses na Faixa de Gaza – resumiu o Estadão.

No editorial, o jornal levantou duas hipóteses para a fala do petista: ignorância ou má-fé. No entanto, o veículo de imprensa logo disse que a primeira possibilidade é remota e sustentou que a má-fé seria a explicação mais plausível para a declaração feita pelo chefe do Executivo brasileiro no último domingo na Etiópia.

– A hipótese da má-fé é a mais plausível, sobretudo porque, é forçoso dizer, Lula mal escondeu que tinha lado nesse conflito ao relutar, por semanas, em reconhecer o ataque do Hamas como o ato de terrorismo que foi, além de subscrever a frágil acusação de “genocídio” contra Israel apresentada à Corte Internacional de Justiça pela África do Sul – relatou o jornal.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Wemilly Moraes