EUA: 32 mil bebês foram salvos após Justiça mudar lei do aborto

O Instituto de Economia Laboral realizou um estudo que analisou os efeitos da decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos que anulou o caso Roe versus Wade. Proferida em junho de 2022, a decisão acabou com o precedente jurídico que legalizou o aborto em toda nação por 50 anos.

Segundo essa pesquisa, desde que os juízes resolveram anular a decisão de 1972 que permitia interromper uma gestação sempre que a gestante desejasse, 30 mil bebês que, de alguma forma seriam abortados, nasceram naquele país.

– Nossa análise principal indica que nos primeiros seis meses de 2023, os nascimentos aumentaram em um avanço de 2,3% nos estados que aplicaram proibições totais de aborto em comparação com um grupo de controle de estados onde o direito de aborto seguia protegido, o que representa aproximadamente 32 mil nascimentos anuais adicionais como resultado de proibições de aborto – diz o estudo.

A pesquisa aponta que os magistrados da Suprema Corte provocaram “transformação mais profunda do panorama do acesso ao aborto nos Estados Unidos em 50 anos”, forçando os estados a tomarem suas próprias decisões sobre o assunto.

Desta forma, o panorama do acesso ao aborto continuou mudando à medida em que mais estados buscaram promulgar e fazer cumprir as proibições de aborto e algumas dessas proibições foram impugnadas nos tribunais estaduais.

Até julho deste ano, dos 50 estados que compõem o país, 14 proíbem completamente o aborto, segundo o Abortion Finder. Outros 12 impõem restrições em um intervalo que vai da 6ª à 26ª semana de gestação, além de limitações no acesso a serviços de aborto.

 

 

 

 

 

 

 

 

Wemilly Moraes