O número de evangélicos no Brasil alcançou o maior patamar da história. De acordo com os dados do Censo 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 26,9% da população brasileira se declara evangélica. Esse crescimento representa um aumento de 5,2 pontos percentuais em relação ao último Censo, realizado em 2010, quando o índice era de 21,6%.
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Crescimento contínuo ao longo dos anos
Desde 1890, quando apenas 1% da população se declarava evangélica, o grupo passou por uma expansão constante. Além disso, crescimento se intensificou especialmente nas últimas décadas, refletindo mudanças sociais, culturais e religiosas no país.
Católicos registram menor índice da história
Em contraste, o número de católicos atingiu o menor percentual já registrado: 56,7% da população. Em 1872, o grupo representava 99,7% dos brasileiros. A queda acentuada indica uma reconfiguração profunda no cenário religioso nacional.
Jovens lideram avanço do segmento evangélico
A pesquisa revelou que o crescimento evangélico é ainda mais expressivo entre os jovens. Entre os brasileiros de 10 a 14 anos, 31,6% se identificam com essa religião. Já na faixa dos 15 a 19 anos, o índice é de 28,9%. Isso indica uma forte presença da fé evangélica nas novas gerações.
Norte é a região mais evangélica do país
Regionalmente, o Norte aparece como a região com maior concentração de evangélicos: 36,8% da população. O Centro-Oeste vem em seguida, com 29,5%, seguido pelo Sudeste (26,1%), Nordeste (24,1%) e Sul (22,7%).
Acre e Piauí têm os extremos estaduais
Além disso, entre os estados, o Acre lidera com 44,4% da população evangélica. Na outra ponta, o Piauí registra a menor proporção, com apenas 15,6%.
Perfil racial dos evangélicos
Quanto à distribuição por raça e cor, 49,1% dos evangélicos se declaram pardos, 38% brancos, 12% pretos, 0,7% indígenas e 0,2% amarelos.