Ex-Abin confirma que Gonçalves Dias recebeu alertas sobre atos de 8/1 pelo WhatsApp

Em depoimento nesta terça-feira (1) à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos antidemocráticos de 8 de janeiro, o ex-diretor adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Saulo Moura da Cunha afirmou que o general da reserva Marco Edson Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), foi alertado no WhatsApp sobre os possíveis ataques antidemocráticos em Brasília.

Segundo o ex-diretor, que estava à frente da pasta quando os atos ocorreram, o general recebeu os alertas por meio de uma planilha.

“[Eu] Fiz os dois relatórios. O primeiro numa planilha que continha os alertas encaminhados pela Abin a grupos e continha também os alertas encaminhados por mim pessoalmente, do meu telefone, ao ministro-chefe do GSI [GDias]. Entreguei essa planilha ao ministro, e ele determinou que fosse retirado o nome dele dali, porque não era o destinatário oficial daquelas mensagens. Que ali fosse mantido apenas as mensagens encaminhadas para os grupos de WhatsApp. Ele determinou que fosse feito, eu obedeci a ordem”, disse Saulo a deputados e senadores.

Wemilly Moraes