Flávio Dino já duvidou do processo eleitoral e das urnas eletrônicas

O ministro da Justiça, Flávio Dino, já duvidou das urnas eletrônicas. As afirmações já foram propagadas em entrevistas, e até mesmo, no Twitter. Em 2013, quando era presidente da Embratur e já pretendia exercer o cargo de governador do Maranhão, Dino tuitou: “Hoje, em Recife, vi a comprovação cientifica de que as urnas eletrônicas são extremamente inseguras e suscetíveis a fraudes”.

Naquele ano, o político citou o professor Diego Aranha, coordenador da equipe responsável por encontrar diversas vulnerabilidades de segurança nas urnas eletrônicas, durante a segunda edição dos testes públicos de segurança do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no ano anterior. Na ocasião, Dino chegou a publicar que Aranha havia “provado a vulnerabilidade das urnas eletrônicas” e pediu atenção à pesquisa do especialista. “Tema é muito grave.”

Em 2009, Flávio Dino defendeu ainda a possibilidade de “auditoria” nas urnas eletrônicas e falou favoravelmente sobre o voto auditável.

Desde 2021, quando o então presidente Jair Bolsonaro começou a defender a impressão do comprovante do voto, integrantes da oposição passaram a atacá-lo. As críticas de Bolsonaro ao sistema eleitoral custaram-lhe a elegibilidade.

Ainda assim, sendo defensor da condenação imposta ao ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Flávio Dino já foi tão crítico quanto o seu adversário no que diz respeito ao sistema eleitoral.

Vale ressaltar que nos últimos anos em embates políticos, foi confirmado o entendimento de que críticas ao sistema eleitoral e às urnas eletrônicas representam, na verdade, “ataque à democracia”. Ponto crucial e determinante para a inelegibilidade de Bolsonaro no TSE.

 

 

 

 

 

 

 

 

Wemilly Moraes