Gasolina, diesel e o botijão de gás vão ficar mais caros a partir desta quinta-feira (1º). Isso acontece em função do início da vigência das novas alíquotas do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), aprovadas pelos estados em outubro de 2023.
O valor do ICMS cobrado pelo litro de gasolina vai aumentar R$ 0,15, passando de R$ 1,22 para R$ 1,37. No caso do diesel, o aumento será de R$ 0,12, indo de R$ 0,94 para R$ 1,06 por litro.
Esse é o primeiro aumento desde que o imposto começou a ser cobrado em alíquota única nacional: passou a ser de reais por litro e não mais em percentual sobre o preço estimado de bomba dos produtos.
Segundo estimativas da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio do litro da gasolina no país vai chegar a R$ 5,71. O diesel deve valer pelo menos R$ 5,95.
Para o presidente do Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo), José Gouveia, o repasse, pelo menos nesse primeiro momento, vai depender dos estoques dos postos.
“O posto tem que ver as suas contas e ver se ele pode segurar um pouco, ou se ele tem que repassar tudo. Isso vai depender muito do custo que ele vai pagar”, diz Gouveia.
Outro produto que deverá ter aumento de preço por conta do reajuste do ICMS é o gás de cozinha. Os cálculos da ANP apontam para uma alta de R$ 0,16 por quilo, o que pode levar o valor médio do botijão de 13 quilos em todo país a R$ 103.
O economista Hugo Garbi, professor de Economia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, destaca que o reajuste afeta toda a cadeia de consumo. “Ele nem sempre tem um impacto só no bolso do trabalhador, mas também, no longo prazo, na inflação, porque tudo o que a gente consome tem o combustível relacionado”, afirma.