No último sábado (12), durante a Brazil Conference, evento realizado na Universidade Harvard, o ministro Gilmar Mendes classificou a Lava Jato como uma “organização criminosa”. O comentário de Gilmar Mendes sobre a Lava Jato causou repercussão, pois ele destacou o orgulho que sente de ter participado do “desmanche” da operação. Em sua fala, o ministro criticou veementemente a força-tarefa e o ex-juiz Sérgio Moro, chamando a operação de uma “organização criminosa” que prejudicou o país.
Gilmar Mendes rebate críticas contra Alexandre de Moraes
Durante sua fala, Gilmar Mendes classificou novamente a Lava Jato como uma organização criminosa e defendeu o ministro do STF Alexandre de Moraes contra as críticas que o acusam de parcialidade nos processos relacionados aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Ele rejeitou comparações entre Moraes e Sergio Moro, reforçando que o colega de Corte age dentro dos limites constitucionais.
– Não há justificativa para ele [Moraes] ser afastado, visto que ele já era relator desses inquéritos e, posteriormente, dos inquéritos que se agregaram. Ele não é suspeito, não está impedido, não está julgando no seu interesse. Não se pode, nem de longe, comparar Alexandre com Moro. Moro, de fato, se associa ao Bolsonaro – declarou Gilmar Mendes.
Gilmar Mendes volta a chamar Lava Jato de organização criminosa
As falas em que Gilmar Mendes classifica novamente a Lava Jato como organização criminosa repercutiram amplamente na mídia e nas redes sociais. Para alguns, a declaração representa um ataque à principal operação de combate à corrupção no país. Por outro lado, alguns acreditam que é uma crítica justa aos abusos cometidos por procuradores e pelo então juiz Sergio Moro.
Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, Gilmar já havia feito críticas à operação em outras ocasiões, mas desta vez sua fala ganhou repercussão internacional por ter sido dita em Harvard.
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Prejuízos ao país
Além disso, ao classificar a Lava Jato como organização criminosa, Gilmar Mendes afirmou que a operação provocou danos institucionais ao país. O ministro destacou que a força-tarefa tomou decisões que comprometeram a segurança jurídica e afetaram setores importantes da economia, como a indústria de engenharia nacional. Dessa forma, para ele, as autoridades devem investigar os responsáveis pelos abusos cometidos em nome do combate à corrupção e adotar medidas para evitar que erros semelhantes se repitam.