Esta semana, o governo Lula vai começar a liberar a concessão de rádios comunitárias para o Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), uma das principais ferramentas de comunicação para o grupo.
Em uma publicação do site oficial do MST de agosto de 2022, o movimento contava com 15 rádios. De acordo com o texto, a programação é voltada para os agricultores e assentados da reforma agrária.
“A comunicação deve ser incorporada como um direito dos trabalhadores do campo, uma ferramenta de luta e organização das nossas comunidades, dos nossos acampamentos e assentamentos, além de cumprir um papel de levar a sociedade as nossas conquistas e a cultura sem terra. E são rádios comunitárias populares, que defendem os direitos da classe trabalhadora, que não são imparciais e que trazem o debate das comunidades e os anseios”, explica a jornalista Aline Oliveira, que era responsável pela executiva nacional da Frente de Rádios do MST.
PL CRITICA ENTREGA DE RÁDIOS PARA O MST
O Partido Liberal (PL) emitiu uma nota contra a entrega de rádios para o MST. Segundo a sigla, Lula está presenteando o grupo que tem multiplicado o número de invasões de terras.
“Estamos de olho e vamos monitorar de perto para garantir que as emissões sejam utilizadas para fins comunitários e não para disseminação de ideias políticas partidárias, manipulação de informações e nem uso indevido desse meio de comunicação”, diz.
A nota também critica o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, que será o responsável pelas outorgas das rádios.