O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, classificou nesta quinta-feira (21) como “ultrajante” a ordem de prisão emitida pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, por supostos crimes de guerra e crimes contra a humanidade na Faixa de Gaza.
– A emissão de mandados de prisão pelo TPI para líderes israelenses é ultrajante. Quero deixar claro mais uma vez: independentemente do que o TPI possa sugerir, não há equivalência nenhuma entre Israel e o [grupo terrorista palestino] Hamas. Nós sempre estaremos ao lado de Israel contra as ameaças à sua segurança – disse o presidente americano em um comunicado.
Nesta quinta, o TPI pediu a prisão e a rendição de Netanyahu e Gallant, e do líder militar do Hamas, Mohammed Deif, embora Israel já o tenha declarado morto em um ataque à Faixa de Gaza em junho. Após a emissão dos mandados de prisão, Netanyahu chamou a acusação do TPI de “absurda e falsa” e de uma decisão “antissemita”.
O TPI não tem uma força policial para prender os alvos de seus mandados, mas seus 125 países membros, incluindo o Reino Unido e os países da União Europeia, são obrigados a cooperar com a Corte, da qual nem os Estados Unidos, nem Israel fazem parte.
Antes da declaração de Biden, um porta-voz da Casa Branca disse que os EUA estão “profundamente preocupados” com a “pressa” do Gabinete da Procuradoria do TPI, chefiado por Karim Khan, em solicitar os mandados de prisão, assim como com os “erros processuais problemáticos que levaram a essa decisão”.
*EFE