Justiça confirma à CPMI que parte das imagens foram apagadas

Em ofício enviado à CPMI do 8 de janeiro nesta quinta-feira (31), o Ministério da Justiça confirmou que parte das imagens registradas por câmeras de segurança do prédio no dia dos atos radicais foi excluída. Segundo a pasta, só foram preservadas as gravações apreendidas pela Polícia Federal e anexadas a inquéritos. A CPMI, por outro lado, havia solicitado todas as imagens.

Como justificativa para o sumiço dos registros, o secretário-executivo Ricardo Cappelli declarou que o contrato com a empresa que monitora as câmeras determina que as cenas ficam armazenadas por 30 dias e depois são excluídas automaticamente para regravação.

O ofício enviado à CPMI pelo ministério foi lido em voz alta pelo relator do colegiado, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), durante a sessão desta quinta.

– As imagens encaminhadas para a CPMI até o dia 30 de agosto referem-se aos registros considerados pelas autoridades competentes, no caso a Polícia Federal, importantes para a instrução dos inquéritos e que foram, portanto, preservados – leu Maia.

De acordo com fontes da Polícia Federal (PF) que falaram com a Record TV, as imagens que registravam as laterais, a parte de trás e o lado de dentro do ministério, no dia 8 de janeiro, estavam entre as que foram perdidas.

Na última quarta-feira (29), Dino comentou o caso, dizendo que Cappelli se dedicou por ao menos uma semana para tentar recuperar as imagens, sem sucesso. O ministro garante que não há gravações que possam mudar os rumos das investigações e chama os pedidos de “terraplanismo”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Wemilly Moraes