Segundo levantamento do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), realizado com base nos dados de 2022 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, o Maranhão é o Estado com a maior porcentagem de pessoas em situação de pobreza.
Apesar do dado, a pesquisa aponta que o indicador do Estado melhorou de um ano para o outro ao passar de 67,5% da população em 2021, para 58,9% em 2022. Mesmo com a queda, o Maranhão segue como o Estado com os maiores indicadores.
Seis em cada dez maranhenses vivem na pobreza. Em segundo lugar está o Estado do Amazonas, com 56,7% da população vivendo na pobreza, e em terceiro Alagoas, com 56,2%. Já as menores taxas de 2022 foram contabilizadas no Rio Grande do Sul (18,2%), no Distrito Federal (17,3%) e em Santa Catarina (13,9%).
“Mesmo a comida sendo R$ 1, às vezes a gente não tem nem esse R$ 1”, é o que afirma a vendedora ambulante Madalena Pereira, de 55 anos, que, com frequência, recorre a um restaurante popular em São Luís para fazer, ao menos, uma refeição por dia.
A realidade de Madalena é enfrentada por centenas de maranhenses que, por causa de recursos financeiros, passam por dificuldades para comprar o mínimo para se alimentar.
Durante o mês, Madalena, que mora no bairro Ilhinha, na periferia de São Luís, leva para casa uma média R$ 600, fruto de suas vendas. Entretanto, ela conta que nem sempre consegue juntar esse valor mensalmente, e isso acaba reflete diretamente na mesa da ambulante.