O presidente Lula (PT) demitiu Alessandro Stefanutto da presidência do INSS nesta quarta-feira (23). A decisão ocorreu após a Polícia Federal deflagrar uma operação contra fraudes em aposentadorias e pensões.
A investigação revelou descontos irregulares de até R$ 6,3 bilhões. O esquema envolveu servidores e entidades que cobravam mensalidades indevidas de beneficiários, sem autorização.
Assim, a Polícia Federal atuou em 13 estados e no Distrito Federal. A Controladoria-Geral da União (CGU) apoiou a ação.
Além de Stefanutto, outros cinco servidores deixaram suas funções. Os investigadores apontaram indícios de participação direta no esquema.
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Dessa forma, Carlos Lupi (PDT), ministro da Previdência, vai oficializar a demissão. Ele tentou adiar o anúncio para proteger Stefanutto, mas o Planalto ( Lula) considerou a permanência dele insustentável.
Stefanutto é servidor de carreira desde 2000. Ele passou pelo PSB e atualmente integra o PDT, partido de Lupi e responsável por sua indicação ao cargo.
Além disso, o Planalto teme que o escândalo afete a imagem do governo. Por isso, decidiu agir com rapidez.
O caso
A operação desta quarta, autorizada pela Justiça Federal, ocorreu em 13 estados e no Distrito Federal, com 211 buscas e apreensões em 34 municípios. De acordo com Lewandowski, foram apreendidos pela PF nesta manhã carros de luxo, joias, obras de arte e dinheiro vivo.
Também foram determinadas as prisões provisórias de seis pessoas. Cinco já foram presas e uma estava foragida até a última atualização desta reportagem. Os investigados são de entidades associativas de Sergipe.
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