Durante o fim de semana vários membros do governo estiveram na feira do movimento
A Feira Nacional da Reforma Agrária, expôs a proximidade do governo de Lula com o Movimento dos Sem Terra (MST), às vésperas da instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), na Câmara que vai investigar o grupo. Durante o evento, auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva desdenharam das intenções da oposição na CPI.
No domingo (14), no encerramento da feira, o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, informou que a comissão vai se voltar contra a oposição.
No sábado (13), o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, ironizou a CPI afirmando que os parlamentares vão encontrar “suco de uva produzidos sem trabalho escravo”, se referindo a denúncia de atividades análogas à escravidão em vinícolas gaúchas.
Além do o ministro da Secretaria de Comunicação Social, visitaram durante o domingo a feira os também ministros Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência) e Luiz Marinho (Trabalho e Emprego). Eles defenderam a parceria entre o Executivo e movimentos sociais. No sábado (13), recepcionado aos gritos de “guerreiro do povo brasileiro”, Alckmin disse que o trabalho do Legislativo não é “policialesco”.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), irá determinar a instalação da CPI após a indicação pelos partidos dos nomes que vão integrar a comissão. O deputado Ricardo Salles (PL-SP), ex-ministro do Meio Ambiente de Jair Bolsonaro da (PL), é cotado para ser o relatos da CPI.