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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).

Moraes decreta prisão de Carla Zambelli

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Em decorrência da saída da parlamentar do país, o magistrado também determinou a inclusão do nome da bolsonarista na lista da difusão vermelha da Interpol, bem como o bloqueio de bens. Além disso, vale destacar que a difusão, cuja inclusão da deputada foi solicitada pela Procuradoria Geral da República (PGR) ainda na terça-feira (03), é uma ferramenta que visa localizar e prender uma pessoa foragida.

Deputada alega tratamento médico e cita cidadania italiana

Ao anunciar na terça-feira que deixou o Brasil para tratamento médico, Zambelli, que estava nos Estados Unidos, também afirmou que viajaria para a Europa, especificamente para a Itália, onde tem cidadania, o que dificulta a sua extradição. “A saúde aqui nos Estados Unidos é muito cara. Então, eu estou indo para a Itália, onde é mais barato”, disse.

Moraes aceitou o pedido da PGR e decretou a prisão. Em sua justificativa, afirmou: “É inequívoca a natureza da alegada viagem à Europa, com o objetivo de se furtar à aplicação da lei penal, especialmente em razão da proximidade do julgamento dos embargos de declaração opostos contra o acórdão condenatório proferido nestes autos e da iminente decretação da perda do mandato parlamentar”, escreveu Moraes na decisão.

Condenação por invasão e fuga pela fronteira

Antes mesmo da decisão pela prisão, Zambelli havia desafiado Moraes. Na ocasião, declarou: “Eu tenho um passaporte italiano, pode colocar Interpol atrás de mim, eles não me tiram da Itália. Sou cidadã italiana e lá eu sou intocável, a não ser que a Justiça italiana me prenda. E aí não vai ser o Alexandre de Moraes, vai ser a Justiça italiana. Estou pagando para ver um dia desse”, afirmou.

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou a parlamentar, em 14 de maio, por unanimidade, a dez anos de prisão pela invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2023. Conforme denúncia da PGR, Zambelli foi a autora intelectual da invasão para emissão de um mandado falso de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes.

Há suspeitas de que a deputada saiu do país no último dia 25 pela fronteira com a Argentina, na região de Foz do Iguaçu (PR). Como consequência, em razão de o país vizinho não exigir controle migratório, a saída da deputada não foi registrada oficialmente pela Polícia Federal (PF).

Fora do país, a parlamentar disse que continuará se manifestando sobre a política brasileira. “Me cansei de ficar calada, me cansei de não atender o meu público. Nosso país não tem condições de abarcar pessoas que querem falar tanto quanto eu”.

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Leilane vilaça

Escritor e colunista

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