A Organização Mundial da Saúde (OMS) está enviando mais de um milhão de vacinas contra a poliomielite para Gaza. Elas serão
administradas nas próximas semanas. A meta é evitar que crianças sejam infectadas depois que o vírus foi detectado em amostras
de esgoto.
“Embora nenhum caso de pólio tenha sido registrado até o momento, sem ação imediata, é apenas uma questão de tempo até
que o vírus atinja milhares de crianças que ficaram desprotegidas”, disse nesta sexta-feira (26), em Genebra, o diretor-geral da OMS,
Tedros Adhanom Ghebreyesus (foto), em um artigo publicado no jornal britânico The Guardian.
Ele escreveu que as crianças com menos de cinco anos são as que correm mais risco de contrair a doença viral, especialmente os
bebês com menos de dois anos, já que as campanhas normais de vacinação foram interrompidas por mais de nove meses de
conflito.
Transmissão
A poliomielite, que é transmitida principalmente pela via fecal-oral, é um vírus altamente infeccioso que pode invadir o sistema
nervoso e causar paralisia. Os casos de pólio diminuíram 99% em todo o mundo desde 1988, por causa de campanhas de
vacinação em massa, e os esforços continuam para erradicá-la completamente.
As Forças Armadas de Israel disseram no domingo que começariam a oferecer a vacina contra a poliomielite aos soldados que
servem na Faixa de Gaza, depois que restos do vírus foram encontrados em amostras de teste no enclave.
Além da poliomielite, a Organização das Nações Unidas (ONU) relatou um aumento generalizado de casos de hepatite A, disenteria
e gastroenterite, à medida em que as condições sanitárias se deterioram em Gaza, com o esgoto sendo derramado nas ruas
próximas a alguns acampamentos destinados a pessoas deslocadas.
Agência Brasil