Uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Maranhão (MP-MA), realizada nesta quinta-feira (21), investiga indícios de ilegalidades na contratação de uma empresa para a prestação dos serviços de terceirização de mão de obra no município de São Luís Gonzaga do Maranhão.
A operação tem o objetivo de cumprir mandados de busca e apreensão na sede da Prefeitura de São Luiz Gonzaga, da Secretaria de Finanças, da Secretaria de Assistência Social e da Comissão Licitação, além de outros cinco locais da capital, São Luís, e também em Penalva.
Segundo o Gaego, a empresa contratada trata-se do Instituto Singulare. Foi autorizado o bloqueio do valor de R$ 1.491.252,45 nas contas bancárias de todos os investigados. O valor corresponde ao levantamento parcial do dano causado ao erário, ainda de acordo com a investigação.
A operação Illusio visa dar cumprimento, no total, a 15 mandados de busca e apreensão expedidos pela Vara Especial Colegiada dos Crimes Organizados. O nome da operação, que significa “ilusão”, simboliza a aparência enganosa do contrato firmado com a empresa, cujo objeto é fornecimento de mão de obra terceirizada, quando na verdade, os próprios servidores municipais é que executam o serviço.
Em abril deste ano, outras empresas contratadas pelo município de São Luís Gonzaga foram alvo da operação Spectrum, deflagrada pelo Gaeco, após autorização judicial.
A operação contou com o apoio dos promotores de Justiça integrantes do Gaeco dos núcleos de São Luís e Timon, as Polícias Civil e Militar do Maranhão, e ainda os promotores de justiça das comarcas de Açailândia, Anajatuba, Chapadinha, Santa Inês e Viana. A Coordenadoria de Assuntos Estratégicos e Inteligência (Caei-MPMA) também auxiliou nos trabalhos.
Os documentos e equipamentos eletrônicos apreendidos serão analisados pelo Gaeco e pelo Laboratório de Tecnologia Contra a Lavagem de Dinheiro (LAB-LD).
O Imirante questionou a Prefeitura de São Luís Gonzaga e o Instituto Singulare sobre o caso e aguarda respostas.
Com informações do Ministério Público do Maranhão