“Eles querem criar um mecanismo para você invadir a privacidade do indivíduo”, informou o PCO no Twitter
A decisão judicial que determinou o bloqueio do aplicativo de mensagens Telegram, foi classificada pelo Partido da Causa Operária (PCO), como “perseguição em massa”.
Na quarta-feira (26), a Justiça Federal do Espírito Santo determinou que operadoras de telefonia e lojas de aplicativos suspendessem imediatamente o acesso ao aplicativo Telegram no Brasil. A decisão foi tomada após o aplicativo não entregar os dados completos à Polícia Federal (PF), sobre os grupos neonazistas.
A plataforma não acatou o pedido da justiça em fornecer dados de usuários que estariam envolvidos no ataque a escola de Aracruz. Por esse motivo, o juiz federal Wellington Lopes da Silva, da 1° Vara Federal de Linhares (ES), determinou o bloqueio do Telegram.
“Isso sim é uma investida fascista. O fascismo é uma medida da burguesia para destruir as democracias operárias. As formas que a classe operária tem para se organizar. E, nesse sentido, estão destruindo uma rede inteira”, disse o PCO em seu Twitter.
O partido não concorda que o aplicativo tenha obrigação de entregar informações sobre os usuários à Justiça.
“Eles querem criar um mecanismo para você invadir a privacidade do indivíduo. Se o Telegram é obrigado a fornecer os dados de qualquer usuário pra polícia, a polícia pode olhar o telefone, o endereço de cada cidadão de cada grupo”, defendeu o partido de esquerda.