“Pensei que não estava pronta”, diz mãe que desistiu de dar filha para adoção

Uma mulher, de 31 anos, que entregou a filha para adoção e teve direito de arrependimento concedido pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), em 2022, comentou o caso, recentemente. Ao portal Metrópoles, ela disse que pensou que “não estava pronta”.

“Quando soube que estava grávida, fiquei em choque, pois não tinha me preparado para assumir o papel materno. Pensei que não estava pronta”, disse.

Ela revelou ainda que só soube que estava grávida dois dias antes de entrar em trabalho de parto. A descoberta ocorreu por meio de um exame de rotina.

“Estava tudo completamente normal. A menstruação descendo regularmente e a minha barriga não teve alteração no tamanho. Eu entrei em pânico com a notícia da gravidez e não tive nem tempo de processar a informação. No calor do momento e sem saber o que fazer, informei que não ia ficar com a criança, pois não tinha condições financeiras também”, falou.

E acrescentou:

“Depois que a bebê nasceu, fiquei bastante pensativa e muito triste em entregá-la. É muito difícil dividir um quarto de hospital com outras mulheres que também acabaram de dar à luz e estão ali segurando seus filhos recém-nascidos e, no meu caso, eu estava ali só. Já estava sofrendo demais desde o primeiro momento. Mexeu muito comigo vê-la, comecei a criar um vínculo que não tive durante a gestação. Senti muita saudade dela nesse período longe. Eu já tinha passado por audiência com o juiz e confirmado a adoção, mas pouco tempo depois, fui atrás da Defensoria Pública e decidi que não queria entregar”, finalizou.

 

 

 

 

 

 

 

 

Wemilly Moraes