PF diz que cartão de vacinação de Bolsonaro foi alterado

Segundo os agentes, Laura, filha do ex-presidente, também teve o cartão adulterado

Nesta quarta-feira (3), a Polícia Federal (PF), afirmou a imprensa que Jair Bolsonaro (PL), e sua filha Laura Bolsonaro, de 12 anos, tiveram os dados de vacinação contra Covid-19 alterados, com intenção de simular que foram imunizados. O ex-presidente se pronunciou e afirmou que ele e Laura não foram vacinados e nega qualquer adulteração de sua parte.

De acordo com a PF, o ex-assessor de Bolsonaro, Mauro Cid, a esposa dele e sua filha também tiveram dados de vacinação alterados nos sistemas SI-PNI e RNDS do Ministério da Saúde.

A PF cumpriu nesta quarta mandados de busca e apreensão em endereço de Bolsonaro em Brasília. Foi apreendido o celular do ex-presidente. Por meio das redes sociais, Michelle Bolsonaro (PL), se pronunciou sobre o caso.

“Hoje a PF fez uma busca e apreensão na nossa casa, não sabemos o motivo e nem o nosso advogado não teve acesso aos autos. Apenas o celular do meu marido foi apreendido. Ficamos sabendo, pela imprensa, que o motivo seria “falsificação de cartão de vacina” do meu marido e de nossa filha Laura. Na minha casa, apenas EU fui vacinada” afirmou Michelle.

O ex-presidente também se pronunciou sobre as acusações e afirmou que não tomou o imunizante.

” Não existe adulteração da minha parte. Não tomei a vacina. Ponto final. Em momento nenhum eu falei que tomei a vacina e não tomei. Ela (Michelle) tomou a vacina nos EUA, da Janssen. E outra minha filha, que eu respondo por ela, a Laura, de 12 anos, não tomou a vacina também. Tenho laudo médico no tocante a isso. Fico surpreso com a a busca e apreensão por esse motivo” destacou Bolsonaro.

A investigação é realizada como parte do chamado inquérito das “milícias digitais”, que está em transmite no STF (Supremo Tribunal Federal), autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes.