Polícia Federal afasta gerente da Codevasf do Maranhão

O gerente teria recebido R$ 250 mil que teria sido desviado de recursos públicos

Em São Luís, a Polícia Federal restringiu o gerente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), suspeito de receber R$ 250 mil de empresas envolvidas em esquema de desvio de recursos públicos.

A ação foi realizada no dia 29 de setembro e faz parte da segunda fase da Operação Odoacro, que tem como objetivo desarticular a organização criminosa, um esquema que envolve servidores públicos que fraudam licitações e desviam verbas federais da Codevasf.

O gerente foi afastado de suas funções e a polícia também cumpriu um mandato de busca e apreensão em sua residência.

A Codevasf em nota, declarou que colabora com o processo da justiça que está sob sigilo. Além disso, a empresa também declarou que possui uma estrutura sólida de governança implantada e que em caso de indícios de conduta ilegal ou antiética por seus funcionários são apurados.

Operação Odoacro:

No mês de Julho, em São Luís, Dom Pedro, Santo Antônio dos Lopes, Barrerinhas e Codó, foi realizado a primeira fase da operação Odoacro, com cerca de 16 mandatos de busca e apreensão, na operação em que PF realizou foram apreendidos R$ 1,3 milhão em dinheiro  e relógios.

A empresa Construservice, possui contratos com Codevasf que foram assinados em 2019 a 2022, os contratos não indicavam o local exato da obra para realização de obras de pavimentação com asfalto ou bloquetes, apenas o nome dos municípios, 12 municípios e os contratos totalizam R$ 15 milhões.

O sócio da empresa é Eduardo José Barros Costa, que foi preso na Operação Odacro em 2015, em Dom Pedro. Eduardo pagou fiança de R$ 121 mil e foi solto fazendo o uso de tornozeleira eletrônica.

Os municípios que foram indicados nos contratos são: Lago da Pedra, Jenipapo dos Vieiras, Cantanhede, São João do Paraíso, Humberto de Campos, Gonçalves Dias, Lago do Junco, Tuntum, Pedreiras, Mirador, Vitorino Freire e Matões.

O esquema é uma cópia de um esquema de 2015 que teve desvio de verbas estaduais e agora são desviados verbas federais.

Segundo a Polícia Federal, empresas são criadas com uma pessoa “laranja” que são parentes, amigos ou conhecidos do “sócio oculto” e também possui empresas criadas com CPFs falsos, empresas de fachada, sem atuação no mercado e que estão ligadas a Eduardo de forma oculta.

A empresa Construservice, é uma das únicas empresas que não são de fachada e sempre foi beneficiada com as licitações. As outras empresas entravam para disfarçar que era uma competição, mas sempre a Construservice que ganhou os beneficios.

A empresa continua sob investigação das justiça por desvios de recursos e fraudes em licitações.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Amanda Rocha sob supervisão