Uma das principais promessas de campanha do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas(Republicanos), o Projeto de Lei de Desestatização da Sabesp vem sofrendo resistência de políticos da oposição, que questionam a ideia. A Comissão de Trânsito, Transporte e Atividade Econômica da Câmara Municipal de São Paulo se reuniu para debater a adesão da capital à Unidade Regional de Serviços de Abastecimento de Água Potável e Esgotamento Sanitário (URAE).
A vereadora da bancada feminista do PSOL, Silvia Ferraro propôs uma audiência pública. Ela questiona a decisão do prefeito, Ricardo Nunes, e afirma que a Casa precisa ouvir o Executivo e a população. Para a parlamentar, não há justificativa para a adesão ao modelo, que faria o município perder a autonomia. “Com a adesão às URAES, o município de São Paulo passa a pertencer ao conselho dessas URAEs, do qual o Estado de São Paulo tem 40%, e o município só vai ter 20% do poder decisório”, esclareceu. Para ela, a decisão tem intenções eleitoreiras.
Em agosto, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, assinou o ingresso da capital paulista às URAEs. O movimento reitera o processo de privatização da Sabesp, projeto do governo estadual. A oposição tem tentado barrar a aprovação na Assembleia Legislativa e vai acionar a Justiça contra mecanismo que o governo tem adotado para acelerar a aprovação. O deputado Paulo Fiorilo (PT) afirmou pelas redes sociais que a gestão Tarcísio está passando por cima da tramitação regimental, já que foi enviado um projeto de lei e não uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC). O governador tem movimentado a base para dar celeridade e disse recentemente estar confiante na aprovação da medida ainda este ano.